Portal da Cidade Sumaré

No divã com Mayara

Abuso religioso: entendendo e combatendo seus efeitos traumáticos

Autoconhecimento e saúde mental são fundamentais para prevenir traumas causados pela manipulação psicológica, coação espiritual e outras formas de abuso

Publicado em 19/06/2024 às 11:04
Atualizado em

Mayara Borges, condutora emocional (Foto: Divulgação)

Hoje abordo um tema de extrema importância, considerando os fatos recentes: o abuso religioso. Quando um local de esperança se transforma em fonte de traumas, é essencial reconhecer os danos causados tanto no consciente quanto no inconsciente das pessoas.

Sentimentos de culpa, ansiedade, depressão e perda de identidade são manifestações comuns do trauma resultante da manipulação psicológica, coação e exploração emocional.

No nível inconsciente, os traumas se refletem em crenças arraigadas e padrões de pensamento negativos, dificultando a formação de conexões saudáveis.

Comportamentos automáticos, como evitar desafios, dificuldade em estabelecer limites e submissão excessiva à autoridade, são impactos do abuso religioso em indivíduos vulneráveis, afetando suas vidas além dos locais de culto.

Para evitar esses efeitos prejudiciais, é imprescindível fomentar o autoconhecimento e priorizar a saúde mental. Pergunto: você reconhece seus próprios valores, crenças e limites? A terapia fortalece contra a manipulação e ajuda a superar traumas passados. O autocuidado e o investimento na saúde mental são formas eficazes de prevenir e lidar com os traumas do abuso religioso.

Aqui estão alguns exemplos de manipulação religiosa para ajudá-lo a identificar esse perfil de abuso:

  1. Manipulação psicológica: Líderes religiosos usam táticas para controlar e influenciar seguidores, induzindo culpa, medo ou dependência.
  2. Coerção espiritual: Utilização da fé e dogmas para pressionar os fiéis a agir de determinadas maneiras, muitas vezes violando seus próprios valores.
  3. Isolamento social: Restrições que isolam indivíduos de suas famílias e comunidades, promovendo dependência exclusiva da instituição religiosa.
  4. Abuso sexual: Exploração sexual por líderes religiosos, disfarçada de práticas religiosas ou "purificação espiritual".
  5. Exploração financeira: Pressão para doações excessivas ou manipulação financeira em benefício da instituição religiosa.
  6. Imposição de crenças: Forçar a adoção de certas crenças e proibir o questionamento, violando a liberdade pessoal.
  7. Violência psicológica ou física: Ameaças ou agressões verbais, emocionais ou físicas para manter controle sobre os seguidores.
  8. Discriminação e exclusão: Práticas que discriminam com base em gênero, orientação sexual, raça ou outras características, promovendo desigualdade.

Estas práticas abusivas violam direitos individuais e a dignidade humana. É crucial reconhecer e combater essas ações para proteger a integridade e a saúde mental dos fiéis. Quanto mais você se conhece, menores as chances de ser vítima de abuso religioso.



Terapia é para todos! E você merece!



Com carinho,

Mayara Borges

Condutora emocional

@mayaraterapia

Fonte:

Deixe seu comentário