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Julgamento

Júri popular para acusados de duplo homicídio em Sumaré

César Francisco Moranza Júnior e Aristides Moranza Neto responderão por assassinatos de mãe e filho

Publicado em 21/06/2024 às 10:46
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Fernanda Silva Bim acompanhada do seu filho, Maurício Silva (Foto: Divulgação)

Dois réus acusados de envolvimento nas mortes de Fernanda Silva Bim, 44, e de seu filho, Maurício Silva, 24, enfrentarão júri popular em Sumaré. A data do julgamento ainda não foi determinada. César Francisco Moranza Júnior, 53, ex-namorado de Fernanda, foi acusado de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, ocultação de cadáver, tentativa de homicídio contra a ex-sogra, de 67 anos, e furto. Aristides Moranza Neto, 39, responde por ocultação de cadáver. Ambos permanecem detidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Hortolândia.

O duplo homicídio aconteceu em outubro de 2023, em uma casa vazia no Jardim Santana, Sumaré, e a agressão à idosa ocorreu na casa dela, no Jardim Amanda, em Hortolândia. Segundo o juiz Leonardo Delfino, que pronunciou a sentença no início deste mês, testemunhas indicaram que os homicídios foram motivados por uma dívida que César tinha com as vítimas.

O advogado Yago Saraiva de Souza, que representa Aristides, afirmou que a pronúncia de seu cliente já era esperada devido à conexão entre os crimes. “A defesa lamenta que Aristides continue preso preventivamente, pois ele responde apenas por ocultação de cadáver, cuja pena varia de 1 a 3 anos. Este é um crime de menor potencial ofensivo que não envolve violência ou grave ameaça. Vamos recorrer desta decisão”, disse o advogado.

Rodolpho Pettena Filho, advogado de César, concorda com o tribunal popular, acreditando que será uma oportunidade para encurtar a prisão de seu cliente e planeja pedir a absolvição de César pelos crimes imputados.

O Caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), no dia 3 de outubro de 2023, César atraiu Fernanda e Maurício até uma casa vazia no Jardim Santana, em Sumaré, onde foram executados a tiros e tiveram os corpos esquartejados. Com a ajuda de Aristides, os corpos foram levados para um canavial próximo à antiga Usina de Cillo, em Santa Bárbara d’Oeste, onde foram abandonados.

No dia seguinte, a casa da mãe de Fernanda foi invadida, e ela foi agredida com pedaços de mármore, mas sobreviveu. César é apontado como o principal suspeito desse ataque. Os corpos de Fernanda e Maurício foram localizados em Santa Bárbara dias depois, e ambos os acusados foram presos pela Polícia Civil na mesma época.

A decisão do júri popular marca um importante passo no processo judicial, e a comunidade aguarda com expectativa o desenrolar do julgamento, que busca justiça para as vítimas e suas famílias.

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