O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela um significativo aumento de 14% no número de jovens eleitores, entre 16 e 17 anos, neste ano eleitoral de 2024, em comparação com as eleições municipais de 2020. Nos primeiros dois meses do ano, 417 mil menores de 18 anos solicitaram o título de eleitor em todo o país.
Desde 2012, a Justiça Eleitoral vinha registrando quedas consecutivas no eleitorado dessa faixa etária, indicando um afastamento dos jovens da política e um baixo interesse em participar das eleições. O crescimento observado em 2024 quebra esse histórico negativo, seguindo uma tendência já vista nas eleições presidenciais de 2022.
O interesse renovado dos jovens pelo voto pode ser atribuído a dois principais fatores:
- Primeiro, o aumento da polarização política no país desde 2022 pode ter incentivado a participação dos jovens nas discussões políticas e no próprio processo eleitoral.
- Em segundo lugar, a intensa campanha do TSE para atrair os jovens para as urnas, através de campanhas publicitárias e uso de redes sociais, contribuiu significativamente para o aumento do engajamento juvenil nas eleições.
Embora os dados mostrem uma melhoria geral, é importante notar que o crescimento não é uniforme em todo o país.
O Tocantins lidera em proporção de jovens eleitores, seguido pelo Piauí e Paraíba, enquanto o Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam números mais baixos. Isso ressalta a necessidade contínua de incentivar a participação política dos jovens em todas as regiões do Brasil.
É imperativo que os partidos políticos e líderes compreendam as preocupações e interesses da juventude, adaptando seus discursos e políticas para se conectarem verdadeiramente com os jovens eleitores.
Os adolescentes de hoje serão os eleitores de amanhã e merecem ser representados e compreendidos para que o engajamento político juvenil continue a crescer nos próximos anos.