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Festival de Teatro

Feverestival lança programação da 18ª edição e propõe celebração com temática

Com a temática “Fevereiro o Ano Inteiro”, festival acontece entre 28 de junho e 6 de julho com atrações nacionais, internacionais e convidados da região

Publicado em 13/06/2024 às 09:14
Atualizado em

(Foto: Divulgação)

Em 2024, o Feverestival - Festival Internacional de Teatro de Campinas - celebra 18 edições. Com a temática “Fevereiro o Ano Inteiro”, este ano as ‘formigas’ serão guiadas por muita celebração, coletividade, brincadeiras e mobilizações e, ao longo de nove dias, oferecerá ao público de Campinas/SP um leque diversificado de espetáculos adultos, infantis (para todas as idades), shows, encontros, reflexões e momentos de lazer. A programação tem início no dia 28 de junho (sexta-feira), com abertura no Teatro Castro Mendes, e segue até 6 de julho (sábado) com um dia inteiro de atividades na Casa de Cultura Tainã. Além destes espaços, haverá apresentações no Sesc, Sesi Amoreiras, Praça Bento Quirino, Teatro Barracão, Estação Cultura e Sala dos Toninhos.

Toda a programação da 18ª edição pode ser conferida abaixo e também pelo site do Feverestival. O Feveres (como é carinhosamente chamado) nasceu em Fevereiro de 2003, no mês mais festivo da cultura brasileira. Desde então, todas as edições carregam as características marcantes desta época do ano, mesmo quando acontecem em outro período.

“Entendemos que a cultura é flexível, assim, sabemos e vivenciamos a importância de ressignificar tradições com disposição para mudar, resistir e existir. Por isso, nesses anos de atuação, celebramos a cada momento, abraçando as transformações que foram necessárias para chegarmos na décima oitava edição”, comentou Bruna Schroeder, membro do Núcleo Feverestival e coordenadora geral da 18ª edição.

Além das atrações selecionadas pela convocatória, que registrou um recorde de 743 inscrições de todo o Brasil, a programação do 18º Feverestival conta ainda com convidados especiais de Campinas e região e também de Moçambique e Argentina. “A expectativa é a melhor possível. Espaços lotados, público diverso apreciando intensamente a programação do Feveres. Tudo foi feito com muito carinho e dedicação. Os espetáculos estão dentro da temática de sentir o calor de ser fevereiro o ano inteiro, em pleno inverno, e a gente espera que todo mundo possa sentir isso de perto.” [Núcleo Feverestival]

O Núcleo Feverestival é composto por Bruna Schroeder, Cauê Moreira, Dandara Lequi, Dudu Ferraz, Francisco Barganian, Juliana Kaneto e Mariella Siqueira.

O 18º Festival Internacional de Teatro de Campinas é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas, Núcleo Feverestival e Território Produções Artísticas; correalização da Universidade Estadual de Campinas, Cocen (Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa), Lume Teatro (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp) e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas; apoio institucional do SESC, SESI, Teatro Barracão, Sala dos Toninhos, Rede Usina Geradora de Cultura e Casa de Cultura Tainã.

Noite de Abertura

O Teatro Castro Mendes foi escolhido para ser o palco da noite de abertura do Feveres. Com o espetáculo “Auto da Compadecida”, do Grupo Maria Cutia de Teatro [Belo Horizonte/MG] - texto de Ariano Suassuna e concepção e direção geral de Gabriel Villela -, a 18ª edição promete começar levando muita emoção para quem estiver na noite de estreia do Festival.

O valor do ingresso é R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia) e estrá disponível para compra a partir do dia 17 de junho pelo site ou na bilheteria física do teatro.

“O Feveres está inserido no calendário nacional de festivais de teatro. Isso provoca muitas ‘borboletas’ que dão frio na barriga. Essa sensação é como um termômetro, que dá o tom para seguirmos com o propósito de fortalecer a cena artística e evidenciar o grande potencial criativo, produtivo e transformador do setor cultural de Campinas. E a noite de estreia é o começo de uma grande celebração.” [Núcleo Feverestival]

Após o espetáculo, na Praça Correia de Lemos, em frente ao Teatro Castro Mendes, o Feveres terá um breve momento de festa e celebração para fortalecer a cena artística, com a possibilidade de integração entre público e artistas. Para esquentar a noite de inverno e fechar o primeiro dia do Feveres, quem se apresenta é o grupo de maracatu de baque virado de Campinas, o Maracatucá.

Espetáculos Internacionais

Ainda no fim de semana de abertura do Feveres, o primeiro espetáculo internacional será apresentado no Teatro Barracão, em Barão Geraldo, no dia 30 de junho (domingo). A peça Nos Tempos de Gungunhana, do artista Klemente Tsamba, de Moçambique, conta a história de um guerreiro da tribo tsonga, que se desenrola como um tradicional conto sobre pequenos karinganas e o reino de Gungunhana. Além de ator, Klemente é músico e artesão. Frequenta o mestrado em Teatro e Comunidade na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa e tem em sua trajetória este e outros dois espetáculos, que são destaques em vários festivais de teatro da lusofonia.

O outro espetáculo internacional desta edição vem da Argentina e chega em Campinas no fim de semana de encerramento do Feverestival. Historias Recicladas estará no palco do Teatro Castro Mendes na sexta-feira, 5 de julho.

Com mais de 15 anos de trajetória que misturam dança, humor e música, a companhia argentina Urraka é conhecida por ressignificar objetos da vida cotidiana para transformá-los em instrumentos musicais. Baldes, tubos, tampinhas de refrigerante, garrafas de vidro, barris de plástico e metal, além do próprio corpo dos intérpretes, são utilizados para tocar diferentes ritmos musicais em espetáculos criados para todos os públicos. Em sua bagagem, além de muitas apresentações, o grupo já trabalhou com instituições públicas e privadas como A.C.N.U.R. UNICEF, Ministérios de Ambiente, Desenvolvimento Social, Turismo e Cultura pela América Latina, entre outros.

Confira abaixo a programação completa do 18º Feverestival

28/06 (sexta-feira)

Auto da Compadecida

Grupo Maria Cutia de Teatro - Texto de Ariano Suassuna / Concepção e Direção Geral de Gabriel Villela

Belo Horizonte - MG | Espetáculo Adulto

Horário: 20h | Local: Teatro Castro Mendes - Rua Conselheiro Gomide, 62 - Vila Industrial, Campinas/SP

Duração: 90 min | Indicação etária: 12 anos | Acessibilidade: Libras e Audiodescrição

Ingressos: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia) (disponível no site ou bilheteria física do teatro a partir de 17/06)

Sinopse: As aventuras picarescas de João Grilo e Chicó que começam com o enterro e o testamento do cachorro do Padeiro e de sua Mulher e acabam em uma epopéia milagrosa no sertão envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo.

Abre-Alas Maracatucá

Grupo Maracatucá

Campinas - SP | Ponto de Encontro

Horário: 21h30 | Local: Praça Correia de Lemos - Rua Salles de Oliveira, Vila Industrial,

Campinas/SP

Duração: 30 min | Indicação etária: Livre | Acessibilidade: Não

Ingressos: Gratuito (espaço aberto)

Sinopse: O grupo Maracatucá foi fundado em 2008 no distrito de Barão Geraldo, Campinas, SP, com o objetivo de promover atividades de performance, pesquisa, ensino e divulgação do maracatu de baque virado. O Maracatucá tem se aprofundado na música de duas nações - Nação do Maracatu Porto Rico e a Nação do Maracatu Encanto do Pina - ambas sediadas na comunidade do Bode, bairro do Pina, Recife. Desde 2009 o grupo promove oficinas com os mestres Chacon Viana (Maracatu Porto Rico) e Mestra Joana Cavalcante (Maracatu Encanto do Pina e Baque Mulher) e batuqueiros das nações. Vários integrantes do Maracatucá viajam ao Recife para os ensaios e apresentações dessas nações, mantendo o grupo atualizado com o repertório desenvolvido lá. O Maracatucá se apresenta em várias cidades do estado em palcos de teatros, escolas e na rua, mas principalmente em Campinas. O Maracatucá, coerente com sua origem, se apresenta nos vários eventos e festas ligadas à comunidade negra de Campinas como a Lavagem das Escadarias da Catedral de Campinas, a Marcha de Zumbi, Balaio das Águas, dentre outras. Em alguns espaços a apresentação pode começar com um desfile pelas ruas, um ‘arrasto’, que convida as pessoas para caminhar junto em direção a determinado lugar, praça ou palco e até mesmo dançar uma ciranda ao final da apresentação.

Histórias do Outro Lado do Mundo

Rádio Sucata

Campinas - SP | Espetáculo para todas as idades

Horário: 14h | Local: Sala dos Toninhos

Duração: 50 min | Indicação etária: Livre | Acessibilidade: Não

Ingressos: Contribuição voluntária no chapéu (distribuição de ingressos 1h antes no local)

Sinopse: O espetáculo é constituído de histórias internacionais, músicas folclóricas típicas e palestra interativa sobre os instrumentos musicais utilizados, seus materiais e técnicas de construção. A apresentação conta com duas histórias, uma chinesa e outra russa, que são ambientadas com músicas e efeitos sonoros de instrumentos artesanais feitos de materiais típicos de descarte. Tais sonoridades trazem um caráter super festivo e animado de modo a configurar a apresentação como um espetáculo.

Cacunda

Adnã Ionara

Campinas - SP | Espetáculo Adulto

Horário: 17h | Local: Estação Cultura (plataforma)

Duração: 40 min | Indicação etária: Livre | Acessibilidade: Audiodescrição

Ingressos: Gratuito

Sinopse: Cacunda, palavra de origem quimbundo, substantiva a curvatura acentuada nas costas, geralmente acometida como consequência da idade, abaulando o corpo. Dorso. É aquela que protege, dá abrigo, proteção. Dor. Lê-se como quem lança pragas, desejando o mal pelas costas. Nos terreiros, cacunda é Cacurucaia, entidade mais velha na seara da umbanda. Cacurucaia, mulher velha e ranzinza, é poeira que baila na curva do tempo, riscando seu ponto num encontro entre passado-presente-continuidade, aplacando a bonança e infortúnio para aqueles que a procuram. CACUNDA é uma dança que mobiliza o tempo e suas curvas, questionando e celebrando o peso que carrega a existência.

AnonimATO

Cia Mungunzá

São Paulo - SP | Espetáculo Adulto

Horário: 18h | Local: Estação Cultura (plataforma)

Duração: 90 min | Indicação etária: Livre | Acessibilidade: Não

Ingressos: Gratuito

Sinopse: Uma ode ao teatro. É assim que a Cia. Mungunzá de Teatro apresenta seu primeiro trabalho concebido para a rua. Para isso, anonimATO conta com direção musical e trilha sonora original de Carlos Zimbher. A junção de palavra e canto, uma das marcas da direção de Rogério Tarifa, teve o trabalho de Lucia Gayotto e Natália Nery na direção vocal interpretativa e composição musical do coro.

Bloco Bloquete

Bloquete

Vinhedo - SP | Ponto de encontro

Horário: 20h | Local: Estação Cultura (plataforma)

Duração: 90 min | Indicação etária: Livre | Acessibilidade: Não

Ingressos: Gratuito

Sinopse: O Bloquete, que significa bloco pequeno, foi criado no município de Vinhedo a fim de manter viva a tradição de blocos de rua na cidade e tem como marca o pozinho colorido e a promoção dos direitos humanos. É espaço de resistência, apoio à diversidade e ocupação do espaço público de forma lúdica. Utiliza ritmos populares para valorizar o trabalho coletivo e tornar possível a expressão artística inerente a cada um. É uma celebração que combina tradição, alegria e comprometimento social - muito mais que uma manifestação carnavalesca - é expressão viva da cultura e engajamento comunitário. O bloco desafia o calendário oficial e leva folia e carnaval todos os dias do ano por onde passa em um show envolvente que mescla diversidade, equidade e alegria contagiante. Além de composições próprias, o repertório do bloco transita por artistas atemporais e hits do momento. A bateria não vai parar de tocar e você, de dançar, sem nem ver a hora passar. Aqui todo mundo é bem-vindo, sem distinção!

30/06 (domingo)

Nos Tempos de Gungunhana

Klemente Tsamba

Moçambique | Espetáculo Adulto

Horário: 18h e 21h (duas sessões) | Local: Teatro Barracão - R. Eduardo Modesto, 128 - Vila Santa Isabel, Campinas

Duração: 60 min | Indicação etária: 16 anos | Acessibilidade: Não

Ingressos: Contribuição voluntária no chapéu (distribuição de ingressos 1h antes no local)

Sinopse: Era uma vez um guerreiro da tribo tsonga chamado Umbangananamani, que fora em tempos casado com uma linda mulher da tribo Macua chamada Malice. Não tiveram filhos. Mas tentaram muito. Este é o mote que dá início ao grande karingana ou conto tradicional sobre a vida de um simples guerreiro, mas que rapidamente vai se transformar numa sequência de outros pequenos karinganas onde se relatam aspectos curiosos ligados ao reino de Gungunhana. Mas este karingana, não tem nada a ver com Gungunhana! Voltemos então à história: Karingana wa Karingana!

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