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Estiagem forte

Tempo seco e quente, Sumaré fecha outono com pior volume de chuvas desde 2014

De janeiro a maio choveu 363 milímetros no município, cerca de 53% menos do que os 769mm registrados em 2023, conforme dados do levantamento pluviométrico

Publicado em 15/06/2024 às 09:08
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Pior período de estiagem desde 2014 (Foto: Divulgação )

O Estado de São Paulo está lidando, nos últimos dias de outono, com as consequências impostas pela persistência de uma massa de ar quente e seco que atua em boa parte do país. Na região sudeste permanecem características de céu claro e temperaturas elevadas para a época do ano. Para completar o cenário, o balanço pluviométrico dos cinco primeiros meses do ano apontou o segundo pior resultado da série histórica registrada pela BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Sumaré, com somente 363 milímetros de chuvas.

De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, a tendência é de que as atuais condições climáticas perdurem até o próximo dia 20, justamente quando teremos o início do inverno, a estação mais fria do ano. Estamos também no período de estiagem, quando há um volume ainda menor de chuvas, situação que deve durar até a metade de outubro.

“Assim como tivemos um verão com ondas de calor atípicas, que elevaram as temperaturas médias em cinco graus centígrados acima do normal para o período, o cenário se repetiu no outono. Isso nos levou a um consequente e natural aumento do consumo de água por parte da população”, afirma Daniel Makino, gerente de Eficiência Operacional da BRK.

Período de estiagem já teve início

O período de estiagem se intensifica com a mudança de estação e a chegada do inverno, no dia 20 de junho. Contudo, a queda no volume de chuvas nos primeiros cinco meses de ano foi acentuada e antecipou os meses de escassez pluviométrica. O balanço dos cinco primeiros meses do ano registrou 363mm de chuvas, o pior resultado de Sumaré desde 2013, quando o levantamento teve início.

“É um resultado que nos chama a atenção especialmente porque é um cenário diferente do que tivemos em 2023, quando registramos mais que o dobro de chuvas, com 769mm. Contudo, apesar da condição atual, é importante frisar que a nossa operação segue em condições de normalidade no município, assim como os mananciais que nos abastecem”, destaca Makino.

Jogando Junto pela Água

Em períodos de estiagem e com o clima mais quente do que o normal, o reforço de atitudes voltadas ao consumo consciente é bem-vindo como forma de contribuir na preservação dos recursos hídricos e atravessar o período mais seco do ano. A BRK mantém orientações sobre o tema no site da campanha Jogando Junto pela Água.

Entre as dicas estão fechar a torneira na hora de escovar os dentes ou de ensaboar a louça, substituir a mangueira por baldes para a lavagem de veículos e aproveitar a água da lavadora de roupas para limpeza de quintais. No site há também informações sobre o volume mensal de chuvas na cidade e a condição dos mananciais que abastecem o município, que é atualizada semanalmente.

Nesta semana, o rio Atibaia opera com nível de 1,75 metro, enquanto o mínimo necessário para a operação é de 1,20 metro. Já a represa do Marcelo está com 96% de sua capacidade, diante de um mínimo necessário de 38%. As represas do Horto 1 e Horto 2 operam com 100% e 86% de suas capacidades respectivamente. Os mínimos necessários, nessa ordem, são de 64% e 62%. Todos se encontram em condições normais.

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