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evento 8 de janeiro

Vidraceiro sumareense condenado por atos golpistas em Brasília

O STF impõe pena de 14 anos a Givair Souza, sexto condenado na Região do Polo Têxtil

Publicado em 19/04/2024 às 11:58
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Evento do dia 8 de Janeiro 2023 em Brasília (Foto: Divulgação)

O vidraceiro Givair Batista Souza, de 50 anos, residente em Sumaré, foi sentenciado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a uma pena de 14 anos de prisão, dos quais 12 anos e seis meses serão em regime fechado. A condenação ocorreu devido à sua participação nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, na capital federal. Ele é o sexto indivíduo da RPT (Região do Polo Têxtil) a ser punido pelo Supremo por tais atividades.

A advogada de defesa, Carolina Barreto Siebra, expressou que a sentença está "distante da legalidade e causa grande insegurança jurídica". Siebra também refutou a alegação de que "o caos gerado" poderia levar o exército a assumir o controle do Brasil, classificando essa narrativa como fantasiosa e atribuindo-a àqueles com pouco entendimento de direito e história. Ela prometeu continuar lutando para anular os processos contra seu cliente.

O voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, destacou que Givair declarou em seu interrogatório que foi ao Palácio do Planalto "com a intenção de lutar contra o sistema corrupto que se instalou no Brasil".

Apesar de ter sido detido dentro do prédio público, ele negou qualquer envolvimento em danos a propriedades. Além disso, admitiu frequentar o acampamento em frente à EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), em Campinas.

Givair Batista Souza
Atualmente em liberdade, Givair deve voltar à prisão quando o processo transitar em julgado
(© Divulgação)

A condenação foi fundamentada em cinco artigos do Código Penal, incluindo associação criminosa armada, golpe de estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em uma sessão virtual até o último dia 12, os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux acompanharam o voto do relator, condenando Givair a 14 anos, com 12 anos e seis meses de reclusão e um ano e seis meses de detenção.

Além da pena de prisão, o réu deverá pagar 100 dias-multa, cada um equivalente a um terço do salário mínimo, e uma indenização por danos morais coletivos fixada em R$ 30 milhões, a ser dividida entre os condenados.

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