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Violência e extorsão

Quadrilha de sequestradores de caminhoneiros tinha cativeiro em Sumaré

Suspeitos se passavam por empresa de frete para abordar vítimas; duas mulheres presas

Publicado em 07/04/2024 às 12:55
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(Foto: Divulgação)

A Polícia Civil de Americana está em busca de mais membros de uma quadrilha especializada em sequestros de motoristas e roubo de caminhões. Na última sexta-feira (5), três caminhoneiros foram resgatados de um cativeiro em uma chácara de Sumaré/SP. Acredita-se que o grupo tenha feito várias vítimas na região de Campinas. Até o momento, duas mulheres foram detidas.

A quadrilha agia com violência e intimidação, como registrado por uma câmera de segurança em uma rua do bairro dos Amarais, em Campinas, que flagrou uma das abordagens. No vídeo, é possível ver o momento em que um caminhão é interceptado e o motorista é rendido por dois homens de uniforme, sendo depois colocado em um veículo estacionado do outro lado da rua.

Entre as vítimas estava um idoso de 63 anos, que viajou do Paraná até Campinas para entregar uma carga. Ele foi um dos resgatados na sexta-feira, após ser ameaçado pelos criminosos, que chegaram a exigir um resgate de R$ 20 mil da família dele, enviando um vídeo como prova da situação. Pelo menos metade do valor foi enviada à quadrilha.

Segundo a Delegacia de Investigações Gerais - DIG de Americana, em colaboração com o Departamento Estadual de Investigações Criminais - DEIC de Piracicaba, a quadrilha se passava por uma empresa de frete para contratar os serviços dos motoristas. Ao chegarem ao local combinado, os motoristas eram rendidos e, muitas vezes, tinham seus caminhões roubados.

Os motoristas foram sequestrados em momentos diferentes. Em dois casos, os caminhões foram roubados e levados ao Paraguai. No entanto, no caso do motorista do Paraná, os suspeitos não conseguiram roubar o caminhão devido ao bloqueio feito pela empresa.

O caso foi registrado como tortura, extorsão mediante sequestro e associação criminosa no 1º Distrito Policial de Americana. As duas mulheres detidas foram identificadas através da conta bancária que recebeu a transferência, via PIX, dos R$ 10 mil enviados pela família do idoso.

Uma familiar do idoso relatou: "Eles pediam o telefone da família e ele dizia que não lembrava porque estava sem o celular, e aí eles batiam muito nele, davam tapas. Na hora de liberar, eles rodaram muito com eles e largaram perto de uma igreja".

De acordo com a polícia, o grupo também tem conexões com o tráfico de drogas e uma facção criminosa que atua no estado de São Paulo. A conta bancária está registrada em nome de um homem investigado pelos sequestros. Embora drogas e balanças de precisão tenham sido encontradas em seu endereço em Americana, o suspeito ainda não foi localizado.

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