Os acidentes de trânsito provocados pela combinação entre álcool e direção têm crescido em Campinas (SP), segundo dados da Emdec. Em 2021, a análise de 133 ocorrências com mortes apontou que 22% delas tinham a embriaguez como fator de risco. Em 2022, dos 82 acidentes em vias urbanas e rodovias avaliados, esse índice saltou para 39%.
Em números absolutos, foram 28 mortes em 2021 que tiveram como fator de risco a combinação entre álcool e direção, contra 32 em 2022..
Bafômetro e recusas
Em dezembro de 2022, um levantamento realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) a pedido do g1 mostrou que o número de multas emitidas de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool cresceu 7,2% no comparativo das cinco maiores cidades da região de Campinas (SP). Foram 206 ocorrências entre janeiro e novembro, contra 192 do mesmo período do ano anterior.
Números da Polícia Militar Rodoviária mostram que na região de Campinas o total de motoristas que recusam o teste do bafômetro cresceu nos últimos anos, saltando de 6.618 em 2020, para 20,2 mil em 2022, um aumento de 205% no período.
Recusas de bafômetro na região de Campinas
- 2019: 10.678
- 2020: 6.618
- 2021: 12.846
- 2022: 20.234
Tanto dirigir sob a influência de álcool quanto recusar-se a soprar o bafômetro são consideradas infrações gravíssimas, de acordo com os artigos 165 e 165-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). De acordo com o Detran-SP, o motorista flagrado em uma dessas situações é multado em R$ 2.934,70. No caso de reincidência no período de 12 meses, a pena será aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da CNH.
