Portal da Cidade Sumaré

Justiça determina

21 condenados por ligação com PCC: Desfecho da Operação Elmo

Investigação do MP culmina em sentença para envolvidos em planos de ataques contra forças de segurança em Sumaré

Publicado em 31/03/2024 às 12:54
Atualizado em

Policiais estiveram em condomínio no bairro Nova Veneza onde morava suspeito de ser uma das lideranças do PCC em Sumaré (Foto: Wagner Souza / Futura Press / Estadão Conteúdo_26-10-2021)

A 1ª Vara Criminal de Sumaré emitiu sentença no último dia 19, condenando 21 pessoas por associação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), em um desdobramento da Operação Elmo. Essa operação, realizada em 2021 pelo Ministério Público, foi uma resposta ao perigo iminente de ataques contra as forças de segurança do município.

A decisão judicial impõe penas de 5 a 8 anos de prisão, em regime fechado, para todos os réus. Entre os condenados, 17 são homens e 4 mulheres, todos considerados culpados pelo crime de integrar organização criminosa. Apenas dois deles admitiram sua associação com o PCC, enquanto os demais negaram as acusações. Todos têm o direito de recorrer da sentença.

A investigação do Ministério Público em Sumaré teve início após interceptações telefônicas revelarem ameaças concretas de ataques contra policiais. Essas ameaças surgiram durante a Operação Ferrolho, em agosto de 2018, e após a intervenção da Rota em um "tribunal do crime" no bairro Matão, em setembro do mesmo ano.

As conversas grampeadas entre membros do PCC apontavam para possíveis ataques às viaturas da Força Tática da PM. Durante seis meses, os telefones celulares de lideranças locais da facção foram monitorados, revelando atividades de tráfico de drogas, roubos e homicídios na cidade.

Esses dados embasaram a acusação feita pela Promotoria em maio de 2021, que envolveu 24 suspeitos da organização criminosa em Sumaré e cidades vizinhas, como Hortolândia e Monte Mor. Na sentença recente, 21 foram condenados, sendo que apenas dois confessaram pertencer ao PCC. Um deles admitiu ser o encarregado das cobranças para a facção, enquanto outra ré, uma mulher, afirmou desempenhar o papel de telefonista na organização.

Fonte:

Deixe seu comentário