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PNL

Dever e prazer

Um belo dia, ouvindo pessoas mais sabias, entendi que a melhor opção é associar, unir, dever e prazer

Publicado em 05/10/2022 às 10:17
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Acordei hoje cedo com o som da chuva lá fora, o que dá mais vontade de ficar sob as cobertas, pois com a chuva veio um certo “friozinho”, e como não tenho quase nada urgente pra fazer na rua hoje, e minha casa não está sofrendo de grandes goteiras, posso me agasalhar e me dedicar a ler e escrever mais cômoda e concentradamente, sem interrupções importantes. Apesar da imprevisibilidade da vida, esse dia tem tudo pra ser intelectualmente produtivo, seja lá o que isso signifique.

Mas pensando um pouco mais, recordo que minha produtividade intelectual, geralmente não acontece quando tenho muito tempo disponível para isso, acontece com mais frequência quando estou muito ocupado com outras coisas, para ler ou escrever, e trato de fazê-lo nos buracos do tempo, entre uma obrigação e outra. É estranho, mas desde muito jovem funciono assim. É um modo meio rebelde, uma espécie de fuga da atividade principal ou obrigação. Principalmente no que se refere à atividade da escrita, quase sempre brigam em mim o dever e o prazer. O que, pensando melhor, ocorre quando quero produzir algo relacionado a criatividade.

Nunca estudei a sério esse fenômeno psicológico em outras pessoas, mas pelas conversas que recordo com amigos e clientes, essa é uma experiencia comum à boa parcela dos humanos. Conflito entre prazer e dever.

Mas porque é assim? Talvez seja pela simples razão de termos sido vítimas da interrupção do prazer em nossas brincadeiras na infância, quando nossos pais no chamavam para comer, fazer lição ou sair da chuva. E todas as interrupções por parte dos adultos, das coisas boas que fazíamos. Então ficamos “traumatizados” e hoje, como ratos de laboratório, repetimos o padrão.

Mas devo confessar que hoje minha relação com o dever e a responsabilidade melhorou muito desde minha mais distante juventude. Talvez seja devido a experiencia adquirida com a passagem dos anos e a consequente aprendizagem de como melhor conviver com as pessoas a minha volta e a vida em geral. Porque continuar a reclamar dos pais e transferir nossas responsabilidades aos outros e ao passado? Bem, eu sou psicólogo, e por mais que nos esforcemos por encontrar as “causas” no presente ou no futuro, o passado em geral continua sendo o rei das causas do que nos sucede.

Um belo dia, ouvindo pessoas mais sabias, entendi que a melhor opção é associar, unir, dever e prazer. E constatei que é possível, apesar de nem sempre ser fácil. Mas “o hábito faz o monge”, e aqui estou eu, de certa forma cada dia, faça chuva ou sol, mais confortável com as minhas obrigações do dia a dia.


Fernando Dalgalarrongo é psicólogo e professor de PNL em diversos países, além de estar à frente da escola Actius, que promove treinamentos para aprimoramento e desenvolvimento pessoal. Conheça mais em www.actius.com.br



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