O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) tornou réu o vereador Sirineu Araújo (PRTB), de Sumaré (SP), pela morte de Rafael Emídio, baleado e atropelado no meio da rua em agosto de 2023. A denúncia do Ministério Público foi aceita pela 1ª Vara Criminal da cidade nesta quinta-feira (9).
Sirineu foi acusado por homicídio qualificado, pois a polícia concluiu que o vereador usou recurso que dificultou a defesa da vítima. Agora, de acordo com a determinação do juiz Aristóteles de Alencar Sampaio, ele terá o prazo de 10 dias para responder à acusação.
Procurado, o vereador disse em nota que "já era sabido que o devido processo legal seria dado. Tenho esperado pelo momento em que eu terei a oportunidade de esclarecer todo esse caso. Agi em legítima defesa para salvar a minha vida em uma tentativa de homicídio e a justiça comprovará isto".
Existem divergências nos depoimentos apurados no inquérito. Enquanto o vereador afirma que a arma estava com Rafael, uma testemunha disse não ter visto o revólver com a vítima. Além disso, um depoente mencionou que Sirineu atirou em Rafael em dois momentos diferentes, contrariando a alegação de legítima defesa.
A investigação também revela que, após o crime, o vereador descartou seu celular e a arma do crime às margens da Rodovia Anhanguera. Além disso, um laudo pericial confirmou a presença de sangue humano na parte debaixo da caminhonete do parlamentar. O vereador pediu licença da Câmara Municipal, mas retornou ao cargo em novembro passado.
Peritos do Instituto de Criminalística analisaram vídeos do crime presentes no inquérito, comparando o veículo nas imagens com a caminhonete do vereador. Concluíram que há "características em comum", sugerindo que são o mesmo veículo.
Sirineu Araújo (PL) é investigado pelo assassinato desde agosto de 2023. O homicídio ocorreu na noite de sábado, 19 de agosto. Após o crime, a área foi isolada para realização de perícia e o caso era investigado como homicídio pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana.
